Dezesseis plantas frigoríficas brasileiras foram habilitadas para exportar carne bovina in natura ao Chile. O comunicado foi feito pelo Servicio Agrícola y Ganadero (SAG) à Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa), nessa segunda-feira (20). Localizados nos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo, os frigoríficos poderão dar início aos embarques do produto assim que a decisão for publicada no site oficial do SAG, o que, segundo o informe, deverá acontecer nos próximos dias.
A habilitação desses estabelecimentos aconteceu em decorrência da inspeção realizada por missão do governo chileno em 18 frigoríficos brasileiros, em dezembro de 2008. Aos 16 frigoríficos aprovados soma-se um do Rio Grande do Sul, habilitado anteriormente. Duas plantas ainda estão pendentes de avaliação de ajustes solicitados pelos técnicos do SAG.
A retomada da exportação de carne bovina in natura para o Chile acontece de maneira gradual, segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz. “Após o início das importações de carne de suínos, o Chile está gradativamente retomando as importações de carne bovina brasileira”, afirmou.
Um passo importante na reconquista desse mercado foi o recente reconhecimento, pelo Chile, dos estados de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul como livres de febre aftosa com vacinação. Santa Catarina já é reconhecido como estado livre de aftosa sem vacinação.
Mercado importante – Kroetz lembra que o Chile foi grande importador de carne bovina in natura, até 2005, e chegou a comprar do Brasil mais de 100 mil toneladas por ano. “Esse é um mercado importante para o agronegócio brasileiro, porque importa cortes especiais, é referência para outros mercados, além de ser internacionalmente reconhecido como país livre de febre aftosa sem vacinação”, ressaltou.
De acordo com os entendimentos entre o Mapa e o SAG, em breve, outras unidades da federação deverão ser visitadas, tanto para uma possível habilitação desses estados, como de seus frigoríficos.