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Exportação

Chile volta a comprar carne do Brasil

Dezesseis plantas frigoríficas brasileiras foram habilitadas a exportar carne para o Chile.

Depois de três anos e meio fechado, o Chile reabriu ontem seu mercado à carne bovina brasileira. O Ministério da Agricultura foi comunicado, pelo Servicio Agrícola y Ganadero (SAG) do Chile, que 16 plantas de abate de bovinos brasileiras foram habilitadas a exportar carne in natura ao mercado chileno. As vendas estavam suspensas desde outubro de 2005, quando ocorreram casos de aftosa no Mato Grosso do Sul.

As 16 unidades estão localizadas em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. São três da Bertin, três da Marfrig, duas da JBS, uma do Minerva, uma do Frisa, uma do Frialto, uma da Sadia, duas do Independência, uma da Arantes Alimentos e uma do Mataboi.

Em dezembro passado, o Chile enviou uma missão ao Brasil para inspecionar 18 frigoríficos – dois ainda não foram liberados por falta de documentação.

Otávio Cançado, diretor da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec), disse que o Brasil tem potencial para exportar 100 mil toneladas (equivalente-carcaça) de carne in natura por ano ao mercado chileno. A Abiec chegou ao número considerando as vendas de 66 mil toneladas (equivalente-carcaça) entre janeiro e outubro de 2005 – depois o produto brasileiro foi embargado – mais uma taxa de crescimento de 25% vista em anos anteriores.

A demanda chilena vem sendo atendida por Uruguai e Paraguai, mas Cançado acredita que é possível recuperar a participação de 41% que o Brasil tinha antes do embargo chileno. Depois da restrição, que gerou uma série de reclamações do governo e dos exportadores brasileiros, a fatia caiu para apenas 1%, uma vez que só uma planta de carne bovina do Rio Grande do Sul podia exportar ao Chile.

” Temos condições de fornecer maiores volume e com preços melhores. Além disso, o Paraguai e o Uruguai estão fortes nos EUA e na União Europeia ” , disse, justificando a expectativa de recuperação. Cançado considera ainda ser possível alcançar a receita de US$ 140 milhões por ano com as exportações ao Chile, registrada em 2005.

Em fevereiro, o Chile já havia reconhecido, como livres de aftosa com vacinação, os Estados de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

Antes do embargo por causa da aftosa, 36 plantas exportavam ao Chile. Segundo o ministério brasileiro, ” em breve ” , outros Estados deverão ser visitados por missões chilenas para possível habilitação desses Estados e de frigoríficos.