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China cobra transparência e impõe condições à OMC

<p>As autoridades de Pequim vão insistir para que o Brasil aceite o fato de que o mercado chinês para produtos agrícolas não sofra uma redução de tarifas como resultado das negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC).</p>

Redação (23/04/07) – A China, conhecida por seu regime pouco aberto politicamente, cobra ainda "transparência" nas negociações comerciais e alerta que o debate não pode mais ficar restrito somente a Brasil, Estados Unidos, União Européia e Índia (G-4). Em outras palavras, Pequim não quer continuar à margem do que se negocia na OMC e um acordo apenas entre os quatro principais atores não será aceito.

A Rodada Doha entra em sua fase decisiva nesta semana em Genebra. Desde que o processo foi suspenso em julho de 2006, o G-4 tomou para si a responsabilidade de solucionar o impasse. Mas, quase um ano depois, o grupo fracassou e agora, por pressão dos governos, o processo volta a ser debatido pelos 150 membros da OMC. Uma primeira proposta sobre como deve ser o acordo será apresentada nesta semana, o que está movimentando todos os países que, como a China, ficaram excluídos do processo por meses.

A realidade é que agora, além de ter de negociar a abertura dos mercados dos países ricos para seus produtos agrícolas, o Itamaraty terá de lidar com as intenções chinesas de manter seu mercado com barreiras por mais alguns anos. O embaixador da China na OMC, Sun Zhenyu, afirmou que recebeu garantias do Itamaraty de que o Brasil estaria disposto a negociar um tratamento especial para Pequim. "Há o entendimento de que nossa posição será atendida." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.