A China importou 922 mil toneladas de carnes em abril, um aumento de 6,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, mostraram dados alfandegários nesta sexta-feira, enquanto o maior produtor de carne suína do mundo continua enfrentando escassez doméstica.
A produção de carne suína da China despencou após os surtos de peste suína africana desde 2018, estimulando uma forte demanda por importação de carne suína e outras proteínas.
As importações ficaram apenas ligeiramente abaixo do recorde de 1,02 milhão de toneladas de março, mostrou a Administração Geral de Alfândegas da China.
Os grandes desembarques ocorreram mesmo com o aumento da produção de carne suína da China no primeiro trimestre, após intensos esforços para reabastecer e expandir as criações no ano passado.
Uma nova onda de peste suína africana e outras doenças durante o inverno levou produtores, preocupados com o risco de infecção, a enviar porcos para o abate mais cedo, aumentando o volume.
Embora os preços domésticos da carne suína tenham caído acentuadamente nos últimos meses, as importações devem permanecer altas, com uma escassez de oferta prevista para durar o resto do ano.
Isso tende a beneficiar o Brasil, maior exportador global de carnes bovina e de frango, e importante “player” da proteína suína.
As importações de carnes nos primeiros quatro meses do ano chegaram a 3,55 milhões de toneladas, um aumento de 16,9% em relação ao mesmo período do ano passado, mostram também os dados.