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China não será capaz de alcançar meta para uso de etanol

<p>A principal razão é a falta de matéria-bruta.</p>

Redação (21/10/2008)- A China não conseguirá alcançar a meta para o uso de etanol como combustível até 2010, já que Pequim não está pronta para moderar o controle sobre o uso do insumo, exceto grãos, para expandir a produção, disseram autoridades da indústria nessa segunda-feira.

"Nós não seremos capazes de atingir a meta de etanol. A principal razão é a falta de matéria-bruta", afirmou Ren Dongming, um vice-diretor do Instituto de Pesquisa em Energia da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR).

Para os maiores importadores de petróleo bruto como a China, biocombustíveis representam uma oportunidade para reduzir a dependência das importações de petróleo do Oriente Médio. Porém, os biocombustíveis também competem por terras, fertilizante e água com as plantações voltadas para alimentação.

A China aprovou a mistura de 10 por cento de etanol na gasolina em seis províncias e regiões, com a meta de misturar 2 milhões de toneladas de etanol na gasolina até 2010 e 10 milhões de toneladas até 2020.

No entanto, sua capacidade de produção de etanol gira em torno de 1,5 milhão de toneladas por ano, sendo que 1,32 milhão de toneladas utiliza grãos como insumo. A mandioca é atualmente o único insumo viável para os novos projetos de etanol na China e os altos preços do produto também foram, em parte, culpados pelo país não ter alcançado a meta, declarou Ren.

O vice-presidente da China Agri, maior produtora de combustível etanol na China, disse à Reuters no mês passado que o governo provavelmente não aprovaria a expansão planejada nas províncias de Guangxi, Hebei e Hubei neste ano.

A companhia pretendia construir uma usina de etanol com capacidade de produção de 300 mil toneladas por ano, a segunda em Guangxi, usando apenas mandioca como insumo.

Autoridades da COFCO afirmaram que a Comissão suspendeu a autorização da segunda fase antes da empresa pudesse finalizar os estoques. Atualmente, a usina de 200 mil toneladas por ano, em Guangxi, primeira a utilizar insumos diferentes de grãos, tem que importar pedaços de mandioca da Tailândia para atuar com total capacidade.