Exportadores chineses encontraram um ponto positivo na demanda global fraca, capturando fatia de mercado de seus competidores — boas notícias para a China mas uma expansão que está agravando as tensões comerciais.
A participação da China nas exportações globais subiu para 13,8 por cento no ano passado contra 12,3 por cento em 2014, mostraram dados sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Emprego. Trata-se da maior fatia por qualquer país desde os Estados Unidos em 1968.
O sucesso vai de encontro a previsões de que aumentos de custos do trabalho chinês e a alta de mais de 20 por cento do iuan frente ao dólar na década passada levariam a China a perder fatia de mercado para rivais mais baratos.
Em vez disso, a infraestrutura de manufatura construída durante a ascensão industrial nas décadas recentes está mantendo ativas as exportações e servindo de base para que empresas produzam produtos de maior valor.
“A China não pode ser substituída”, disse Frederik Guitman, ex-gestor para a China de uma fabricante de produtos de prata dinamarquesa, acrescentando que prazos confiáveis são mais importantes que preço. “Se eles dizem 45 dia, serão 45 dias”.