A China manteve sua posição de impor novas exigências para as importações de carne suína de cinco países da União Europeia, após reunião entre a comissária de Saúde do bloco e representantes do serviço de segurança alimentar chinês, em Pequim, informa o Wall Street Journal. Na semana passada, a China anunciou novas regras para importar carne suína da Dinamarca, França, Itália e Espanha, assim como do Canadá.
O país passou a exigir a comprovação de que os animais abatidos não foram contaminados pelo vírus da gripe H1N1 e a desinfecção de todos os contêineres. Importações do produto da Irlanda já tinham sido sujeitas às mesmas determinações.
A UE se opõe às medidas, que impõem custos adicionais para os exportadores. O bloco alega também que seus produtos de origem suína são seguros. “Em toda a União Europeia tivemos apenas um caso de contaminação pelo vírus H1N1, em uma granja particular da Irlanda, e adotamos medidas muito rígidas de biossegurança no local”, afirmou a comissária de saúde e segurança alimentar da UE, Androulla Vassiliou.
Ela citou uma declaração conjunta, de maio deste ano, da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), dizendo que o H1N1 não é transmitido por meio do consumo de carne suína.
De seu lado, a China defendeu as medidas. “Temos que proteger o país da transmissão da epidemia externa, e também impedir que a doença se espalhe mais no país”, afirmou Yu Taiwei, chefe de segurança alimentar para importação e exportação, da Administração Geral para Qualidade de Supervisão, Inspeção e Quarentena (AQSIQ), do governo chinês. Ele negou que as medidas constituam restrição comercial. “Estão em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio”, afirmou.
O governo e a indústria de suínos dos Estados Unidos também têm reclamado constantemente a respeito das recentes medidas tomadas pela China para restringir as importações de produtos norte-americanos por causa do H1N1.