Da Redação 20/11/2002 – Ontem (19), cerca de 50 pessoas estiveram presentes em Campinas (SP) para o início do Ciclo de Conferências Internacional promovido pela Metachem. Este evento irá percorrer quatro cidades. Além de Campinas, ele está sendo realizado hoje (20) em Cascavel, no Paraná, indo depois para Chapecó (SC) e Porto Alegre (RS).
As palestras foram proferidas pelo consultor da Sustainable Nutrition na França, Philipe Le Ny, pelo pesquisador Z. Mroz, do ID-TNO Department of Animal Nutrition Lelystad, da Holanda, e pelo médico-veterinário da Metachem, José Dagoberto Ostermann. “Procuramos trazer, principalmente, pesquisadores internacionais para que pudéssemos oferecer uma panorâmica do que está sendo discutido na Europa, onde há maiores exigências para importação”, comenta Alexandre Sanfelice, gerente de marketing da Metachem.
Leia entrevista exclusiva com Philipe Le Ny, na qual ele comenta a proibição de antibióticos e da Farinha de Carne e Ossos na Europa.
“Não dá para dizer o efeito de qual delas porque as proibições destas duas coisas aconteceram quase ao mesmo tempo, mas o que constatamos é de que definitivamente tem ocorrido mais problemas de diarréia, de cama úmida, de enterite necrótica”.
Entre as opções de alternativas aos antibióticos, a melhor são os acidificantes?
“Creio que sim. Os acidificantes são a melhor alternativa especialmente porque eles tem um efeito direto. Todos os outros produtos possuem um efeito indireto. Então se colocarmos um probiótico, não se sabe quanto ácido láctico vai ser produzido. Não há como quantificar isto, enquanto os acidificantes se sabe qual é a dose e o mecanismo de ação deles também é bem conhecido. Então você tem uma segurança maior com este tipo de produto”.
Não existe mais a possibilidade de se voltar a usar Farinhas de Carne e Ossos para alimentação animal na Europa?
“Está se falando disto na Europa, principalmente porque existe um grande problema para se descartar esta farinha. Está se falando isto, mas acho que a maior parte da indústria não voltará a usa-las por problemas com o consumidor e problemas de qualidade. Então eles preferem não usar. Se aparece nos jornais que tal empresa está usando Farinha de Carnes e Ossos, as ações dela caem 20%. É uma discussão que é mais emocional e não científica”.