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CNI defende acordo de livre comércio com Japão

<p>Tal acordo teria como barreira as medidas sanitárias aplicadas às exportações brasileiras, como carne bovina, suína e de frango.</p>

O representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) José Augusto Fernandes defendeu a formalização de acordos de parceria econômica (EPA, na sigla em inglês) como instrumento de diversificação das exportações brasileiras para o Japão. “O EPA é importante para o Brasil porque o Japão é um país que tem demanda para os produtos brasileiros”, disse Fernandes.

Segundo ele, uma pesquisa da CNI revelou que a maioria das empresas considera positiva a perspectiva de uma acordo de livre comércio com o Japão. Fernandes participa do seminário para discutir as relações econômicas entre Brasil e Japão, promovido pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e pela Embaixada do Japão.

O representante da CNI ressalvou, no entanto, a experiência do EPA firmado entre o Japão e o México, em que as empresas perderam competitividade por causa da carga tarifária. “Isso prejudicaria, na visão dos japoneses, o desenvolvimento dos dois setores em que o comércio entre empresas brasileiras e japonesas já é relevante: o automobilístico e o eletroeletrônico”, destacou.

Medidas sanitárias
Na opinião de Fernandes, a questão tarifária não é o principal problema para os produtos manufaturados, mas pode ser importante para os produtos de uso intensivo de mão-de-obra e agrícolas. “Um acordo de livre comércio teria também que atacar as medidas sanitárias aplicadas às exportações brasileiras, como carne bovina, suína e de frango, e frutas frescas”, acrescentou.

Fernandes ressaltou ainda que foi baixo o nível de investimentos do Japão no Brasil no período de 2001 a 2004, representando apenas 4% do total dos investimentos estrangeiros, contra 48% da União Européia.

No curto prazo, ele defendeu a implementação de programas de promoção de comércio e a melhoria do clima de investimentos no Brasil.