Estranhamente, a primeira semana de setembro não trouxe bons números para a suinocultura. Isso porque, quebrando a rotina de alta no início de mês, suinocultores paulistas, mineiros e gaúchos iniciaram a semana da Independência com queda nos preços nas Bolsas dos respectivos Estados. Minas Gerais registrou a manutenção do preço acordado na semana passada, R$ 4,20 Kg/vivo. Em São Paulo, as novas referências ficaram entre R$ 3,89 Kg/vivo a R$ 4 Kg/vivo nesta segunda-feira (05/09), porém, nesta terça-feira o mercado regionalizado deu sinais de melhor, com comercialização em até R$ 77@. Já no Rio Grande do Sul, a cotação ficou em R$ 3,87.
A Bolsa de Suínos de Minas Gerais realizada ficou acordada em R$ 4,20 (quilo do suíno vivo) – R$ 78@ – preço que, segundo o presidente da Associação dos Suinocultores do Estado Minas Gerais (ASEMG), Antônio Ferraz, representa o excesso de oferta de outros estados. “Nos dois últimos meses, houve alta na primeira quinzena e última quinzena não trouxe bons números. Mas, nesse início de mês não vimos muita reação, reflexo de outras regiões onde os preços estão caindo e também do baixo consumo interno. Enquanto isso, as exportações batem recorde”, afirma.
Em São Paulo, a Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo “Mezo Wolters” definiu novas referências de R$ 73 a R$75@ e mercado regionalizado em até R$ 77@. “Entretanto, nesta terça-feira o mercado deu sinais de outros preços, já tivemos negócios efetivados em R$ 77@ mercado regional. Estamos observando que o mercado atacadista e varejista então correspondendo neste dia que antecede o feriado. A tendência é melhorar o consumo para essa semana com entrada da massa salarial”, explica Ferreira Júnior, presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS).
No Rio Grande do Sul, a pesquisa semanal da cotação do suíno apontou queda de R$ 0,03 no preço pago pelo quilo do suíno vivo ao produtor independente no Rio Grande do Sul, ficando em R$ 3,87.
Consumo interno
Outro aspecto relevante e crucial quanto aos preços está no consumo interno. Segundo o Cepea, as vendas de carne para o mercado interno estão muito fracas e o segmento acaba sendo pressionado, mesmo com a oferta relativamente baixa para abate.