Mesmo com a abertura de novos mercados no exterior e a tendência de consumo ampliado por causa da realização de grandes eventos esportivos no Brasil, avicultura opera com cautela para garantir uma margem de segurança nas operações. No segundo dia de trabalho de campo, a Expedição Avicultura 2014 conferiu que a Copa do Mundo não surtiu o efeito esperado no setor. Além disso, com os indicadores apontando desaceleração na economia do país, os frigoríficos preferem segurar a expectativa antes de fazer mais investimentos.
A Frangos Pioneiro, que abate mais de 160 mil aves por dia na região Norte do Paraná é um deles. O volume atual de abate da empresa é o dobro em relação a 2012, e cresceu graças a um plano prévio de expansão da empresa estruturado naquele ano. O planejamento funcionou e foi capaz de superar a crise de 2012 – provocada pelo aumento no preço das commodities como soja e milho, que impactaram no preço da ração dos animais.
No entanto, não há pressa para um novo aumento na capacidade do frigorífico. O atual nível de abates é considerado o ponto de equilíbrio das operações, conforme o gerente de fomento, Rhoger Henrique dos Santos. Segundo ele, 2013 foi um ano com resultado positivo, mas em 2014 “o mercado interno está mais ajustado”, devido à perspectiva de baixo crescimento da economia brasileira. Além disso, julho “foi o pior mês de vendas”, diz em referência a expectativa frustrada de aumento no consumo por causa da Copa. Após o mundial, a empresa retomou o comércio dos produtos dentro dos patamares normais.
Os negócios do frigorífico estão concentrados no mercado interno, por isso o reflexo da abertura de clientes como a Rússia acabou tendo efeito reduzido.
A Expedição Avicultura 2014 segue na estrada com destino a indústrias e produtores na região de Maringá e Arapongas.