Redação SI 19/07/2005 – Os negócios internacionais com carne suína cresceram 335,82% nesse primeiro semestre, o maior índice da pauta de exportações mato-grossense no segmento de carnes.
As remessas para o exterior, de janeiro a junho, representaram 2,536 mil toneladas, que correspondem a U$$ 4,766 milhões.
Esse resultado, segundo o gerente-geral do frigorífico Excelência, da Intercoop (Integração das Cooperativas do Médio Norte do Estado), Carlos Sérgio Thomazi, deve-se à reabertura das importações russas, principal mercado consumidor da indústria, detendo 80% da sua demanda.
O frigorífico, localizado no município de Nova Mutum (264 km de Cuiabá), é o único do Estado que exporta seus produtos, segundo assessoria de imprensa da Associação dos Criadores de Suíno de Mato Grosso (Acrismat).
A expectativa da empresa para os próximos meses é comercializar entre 1 mil e 1,5 mil toneladas mensalmente. Negócios que devem render de US$ 2 milhões a US$ 4 milhões por mês, o mesmo comercializado nesses primeiros seis meses.
“O Brasil precisa exportar 20% de sua produção, pois a demanda interna não tem capacidade de consumo. Em relação à carne suína, o mercado interno está retraído, turbulento e o consumo existente é baixo. Por isso, a necessidade de investir nas vendas externas. A Rússia é o nosso maior consumidor, tem maior remuneração e demanda. Com o fim do embargo, foi possível ampliar a comercialização”, observou Thomazi.
Entretanto, segundo o gerente-geral, a Excelência está diversificando seus mercados, está presente também na Argentina, no Uruguai, no Caribe e em Hong Kong.
“Estamos buscando pulverizar os nossos consumidores, para evitar situações adversas. O desafio, no entanto, é que a Rússia consome muito e melhor remunera”, disse Sérgio Thomazi.
Segundo o gerente-geral, para competir e avançar nos países estrangeiros, a empresa está fazendo investimento em biossegurança.
“A questão sanitária é a única barreira que pode interromper o avanço nas negociações internacionais. Estamos determinados a fazer com que todos nossos suínos sejam rastreados para, quando nos depararmos com qualquer ameaça, estarmos protegidos”, observou Thomazi.
No sentido de ampliar a segurança sanitária, ele viajou ontem para o Rio Grande do Sul, onde participa de trabalhos sobre biosegurança.
“O objetivo é informar sobre essa tecnologia e implantar na nossa cadeia produtiva, fazendo a segurança do rebanho independente do Estado e de qualquer outra instituição”, frisou.