A saída de Hosni Mubarak da presidência do Egito depois de quase 30 anos no governo não deve causar alterações profundas nas relações comerciais entre o país e o Brasil, na opinião do secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Michel Alaby. “Não cremos que haverá uma quebra abrupta nas trocas comerciais, já que as empresas que realizam comércio são parceiros tradicionais, algumas com negociações que perduram por décadas. (…) Acreditamos que todos os acordos e compromissos assumidos pelo Egito serão honrados”, disse.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam que as exportações brasileiras para o Egito somaram US$ 1,97 bilhão (cerca de R$ 3,28 bilhões) em 2010, valor 36% superior aos US$ 1,44 bilhão de 2009. O país é o segundo maior comprador de produtos brasileiros no mundo árabe, atrás apenas da Arábia Saudita.
Segundo o secretário-geral da Câmara Árabe, os principais produtos importados pelo Egito são carnes (bovina e frango), açúcar, minérios, cereais, veículos e maquinário.
No sentido contrário, o movimento ainda é bem menor. Em 2010, o Brasil importou o equivalente a US$ 168,8 milhões do Egito. Entre os principais produtos importados estão fertilizantes, combustíveis fósseis, algodão, químicos inorgânicos, couro e borracha.
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Saída de Hosni Mubarak da presidência do Egito não deve afetar relações comerciais entre o país africano e o Brasil.