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Comitiva busca soluções em Brasília

Sob o comando do governador Rigotto, gaúchos pressionam ações quanto ao embargo e à triticultura.

Da Redação 30/11/2004 – As cadeias produtivas da carne e do trigo do Estado estarão hoje voltadas ao desfecho da reunião entre o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e o governador Germano Rigotto, marcada para as 10h em Brasília. O chefe do Executivo gaúcho pedirá atenção ao RS diante do baixo preço do trigo recebido pelo produtor e quanto ao embargo de carne pela Rússia há 70 dias, agravado com a liberação da exportação apenas por parte de SC em vigor desde o dia 16. Rigotto terá a retaguarda de dirigentes da Federasul, da Fiergs e do presidente da Farsul, Carlos Sperotto. O presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, também deverá participar do encontro.

O presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Farsul, Fernando Adauto de Souza, expõe o sentimento da cadeia produtiva: ”Não é de hoje que o Ministério da Agricultura tem segregado o RS. Nesse último caso, ao permitir retomada de exportação só de SC, aceitou o inaceitável”, desabafou. Os produtores alegam que não existe nenhuma razão para aceitar o embargo russo, proposto com o registro de febre aftosa no Amazonas – estado não exportador.

O diretor executivo do Sips, Rogério Kerber, informou que a matéria-prima do mês de novembro está retida nas agroindústrias e entrepostos. “Por enquanto é possível armazenar, mas essa capacidade está chegando ao fim”, indicou sobre os gastos adicionais que as empresas estão acumulando com o aluguel destas salas. Sobre os prejuízos deste mês revelou que o fechamento do Sips só ocorre em dezembro. A autorização dos embarques de produtos que estavam nos portos, plantas industriais e entrepostos, num primeiro momento pela Rússia, permitiu a remessa no período de 21 de setembro até outubro. A exportação de carne suína do RS é de 5 mil toneladas/mês.

Polidoro pede liberação de recursos para garantir a comercialização da safra. Hoje a tonelada do produto está cotada entre R$ 380,00 a R$ 400,00. “O custo de produção é de R$ 29,00 a saca e o valor recebido pela mesma saca é de R$ 20,00”, queixou-se. Na última sexta-feira o governador envolvido com o pleito de produtores, em encontro no Planalto Médio, destacou a triticultura no Estado. “Além da produtividade e de o RS representar 34% da produção do cereal, a qualidade é excelente.”