Maio foi um mês de perdas para as commodities no mercado internacional. O índice CRB, que representa 19 delas, caiu 8,25%, terminando a 254,80 pontos. O petróleo despencou 15,94% em Nova York. Entre as agrícolas, o açúcar recuou 6,34% no período e a soja cedeu 6,13%. Essas variações correspondem aos negócios de 1º a 28 de maio, já que ontem foi feriado nos Estados Unidos (Memorial Day) e nenhuma bolsa funcionou.
A incerteza na economia, por causa do endividamento da Grécia, pesou sobre os mercados durante todo o mês que passou. Por um lado, investidores se desfizeram de ativos mais arriscados, como commodities e ações, e buscaram a segurança do dólar a cada sinal de fraqueza na Europa. Por outro, houve quem encontrasse oportunidades para comprar a preços baixos. O resultado disso foi muita volatilidade.
Mas as commodities também reagiram a seus fundamentos. O açúcar vinha caindo desde fevereiro e registrou, em 7 de maio, sua menor cotação em um ano na bolsa de Nova York, a US$ 0,13 por libra-peso. Países da Ásia e da África estão voltando a importar e, aos poucos, os preços mostram recuperação. Na sexta-feira, fechou a 14,19 cents/lb.
A soja refletiu outros mercados. Mas o clima tem sido relevante. Previsões apontam para tempo quente e seco nos Estados Unidos, o que é bom para as lavouras e pressiona o preço.