A competitividade do Brasil em relação a seus principais concorrentes internacionais será determinante para a suinocultura brasileira este ano. A avaliação é de Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). “Nessa equação entram a valorização do real e reformas internas, sendo a tributária a mais premente”, afirma Camargo Neto.
No ano passado, segundo a Abipecs, os fundamentos da cadeia suína brasileira foram o aumento robusto da produção, pelo aumento da produtividade resultante de avanços tecnológicos; a maior oferta das carnes concorrentes a preços competitivos; a comercialização prejudicada pela crise financeira; a acentuada queda nos preços; a valorização do real e a pressão sobre custos.
Ainda de acordo com a entidade, o alojamento de matrizes do rebanho industrial manteve a tendência de aumento verificada nos últimos cinco anos, com um crescimento estimado em 3,4% (1,57 milhão de cabeças) em todo o ano passado.
Sobretudo, em função do aumento da produtividade, a oferta de animais para abate cresceu, proporcionalmente, mais que o alojamento de matrizes (6,1%), passando de 31,9 milhões de cabeças, em 2008, para 33,8 milhões de cabeças, em 2009. Além disso, a elevação do peso médio de abate contribuiu para que a oferta de carne suína do rebanho industrial crescesse 7%, atingindo 2,873 milhões de toneladas, 187 mil toneladas a mais que no ano anterior.