De acordo com dados fornecidos pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef), o consumo per capita de ovo no Brasil fechou 2011 em 162,5 unidades, contra 148,8 unidades do ano anterior.
Segundo Adriano Zerbini, gerente de relações com o mercado da entidade, o crescimento de 9,2% no consumo dessa proteína se deve, principalmente, à elevação da produção e ao aquecimento do mercado tanto no segmento de aves de corte quanto de postura.
Mercado – Agregado a isso, explica Zerbini, outro fator que culminou para esse resultado foi a desmistificação de que esse alimento é nocivo à saúde. “O mercado está crescendo. Esperamos para este ano um aquecimento do setor acima do que foi registrado em 2011”, sublinha. No ano passado, de acordo com dados fornecidos pela entidade, a produção brasileira de ovos fechou em 31,5 bilhões de unidades, 9,4% superior ao comparado com o ano anterior.
Paraná – O Paraná ficou em terceiro lugar no ranking de volume de produção, com 6,92% do total nacional. O Estado ficou somente atrás de São Paulo (35,85%) e Minas Gerais (11,45%). Zerbini destaca que o Paraná é um mercado importante para o setor de ovos, principalmente no que diz respeito à movimentação interna. Mas, em sua opinião, o Estado poderia melhorar ainda mais o seu potencial produtivo se elevasse os seus índices de exportação, pois é um mercado com melhor remuneração. Hoje, 99% dos ovos produzidos no Estado são comercializados no Brasil.
Exportação – “Os mercados emergentes, como a China e os Emirados Árabes, têm um alto potencial de consumo desse tipo de proteína e o Paraná possui grandes chances de conquistar esses clientes”. Zerbini completa que para que isso aconteça, não há necessidade de aumentar a produção. O que é preciso, reforça ele, é melhor avaliar a possibilidade de aumentar as exportações de ovos, sendo essa uma questão política e não econômica.
Burocracia – Arnaldo Cortez, presidente da Associação Paranaense de Avicultura (Apavi), afirma que o mercado paranaense quer aumentar as suas exportações, mas a burocracia na obtenção de registro para poder exportar é muito grande. “O nosso Estado possui apenas três granjas aptas a exportar”, aponta. Ele acrescenta que o volume de documentos para as granjas que queiram entrar nesse mercado é elevado e muitas delas não têm condições de atender todas as exigências.
Dificuldade – Cortez afirma que, atualmente, o mercado está desfavorável ao produtor, principalmente no que diz respeito à remuneração final. Segundo ele, com a elevação dos preços do milho, o custo de produção se elevou. Cortez afirma que uma caixa com 30 dúzias tem um custo de produção pago pelo avicultor de R$ 39. No atacado, afirma ele, essa mesma caixa está sendo vendida a R$ 38. “Há períodos em que o produtor chega a perder R$ 5 por caixa”, completa.