A União Europeia vai oferecer apenas € 15 bilhões por ano como ajuda aos países pobres para que possam lidar com os efeitos das mudanças climáticas. A disputa em torno desse valor deve marcar a conferência sobre o clima de Copenhague, em dezembro.
A proposta da Comissão Europeia, que deve ser divulgada amanhã (10/09), aponta para um duro embate entre países em desenvolvimento, liderados por China e Índia, e desenvolvidos. Os dois lados têm se acusado mutuamente nos últimos meses sobre a questão central de com quanto dinheiro os países ricos devem contribuir.
A proposta europeia visa romper esse impasse. Ela define a necessidade total dos países em € 100 bilhões (cerca de US$ 145 bilhões) por ano até 2020. Entre um quarto e metade desse valor viria de financiamento público internacional.
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Mas a oferta europeia fica bem abaixo de estimativas chinesas, que preveem que o custo de reduzir as emissões apenas da China ficará em € 302 bilhões por ano, ao longo de 20 anos.
A contribuição europeia ficaria entre 16% e 30% do valor a ser negociado, com base numa escala que leva em conta a capacidade de um país de contribuir e a sua responsabilidade em termos de emissões. Por essa fórmula, a contribuição dos EUA iria de 17% a 24%, ou seja, até € 12 bilhões ao ano.
A proposta sugere que a UE pode usar parte da ajuda ao desenvolvimento já prometida a países pobres em sua cota de contribuição climática. ONGs ambientalistas se opõem a isso.
