Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Cota prejudica exportação de suíno

Embarques para Rússia sofreram uma redução de 58,16% no primeiro bimestre, em relação a 2003.

Redação SI 12/04/2004 – 05h37 – A mudança no sistema de cotas da Rússia atingiu em cheio as exportações brasileiras de carne suína. Segundo dados da Abipecs, a queda dos embarques para aquele país chegou a 58,16% no primeiro bimestre do ano em relação ao mesmo período de 2003, somando 22 mil toneladas. Com isso, o Brasil exportou apenas 48,5 mil toneladas, uma redução de 42,04%. No Rio Grande do Sul, o levantamento do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS (Sips) aponta que as vendas caíram 63,29%, na média. Tendo os russos como principais clientes, os gaúchos exportaram somente 12.899 toneladas.

Até 2003, a Rússia estabelecia cota única global de importação, sendo os negócios fechados com o país que oferecesse melhores condições. A partir da revisão, foram determinadas cotas por país e importadores. O diretor executivo do Sips, Rogério Kerber, explica que o Brasil foi incluído na categoria “outros”, enfrentando competição. Enquanto isso União Européia, Estados Unidos e Paraguai conquistaram cotas exclusivas, reclama o dirigente, que especula uma possível retaliação devido à desvantagem russa na balança comercial com o Brasil.

No ano passado, o setor suínicola brasileiro vendeu 491,4 mil toneladas para outras nações. Para 2004, a Abipecs projeta não mais que 350 mil toneladas.

Com a retração do mercado russo, as indústrias apostam nos mercados emergentes como a África do Sul, aponta Kerber. Entre janeiro e fevereiro, o país importou 2.456 t contra 672 t no mesmo período do ano passado, um incremento de 265,48%. A Albânia também está comprando. Foram quase mil toneladas nos dois primeiros meses do ano, o que significa 389,3% mais que o mesmo período de 2003. A Argentina, saindo da recessão, também é citada como exemplo.