O dólar comercial (compra) encerrou a última quinta-feira (18) em alta de 1,89%, cotado a R$ 5,58. No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Planejamento, Simone Tebet.
O mercado espera que essa medida acalme os ânimos e compense os ganhos recentes da moeda norte-americana. Em 22 de julho, o governo apresentará o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, definindo o contingenciamento necessário para cumprir a meta de resultado primário zero deste ano.
Nos últimos dias, o presidente Lula afirmou que o arcabouço fiscal não será sempre sua prioridade se houver “coisas mais importantes”, o que tem aumentado a preocupação dos investidores com a questão fiscal do País e influenciado diretamente as cotações da moeda.
Nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (19), os dirigentes do Federal Reserve (Fed), John Williams e Raphael Bostic, participarão de eventos públicos às 11:40 e 14:00, respectivamente.
Na noite passada, Mary Daly, integrante da autarquia, reconheceu dados favoráveis da inflação, mas afirmou que ainda não atingiram a meta e que precisam ter total confiança para cortar os juros. Daly mencionou que o Fed se reunirá em duas semanas para decidir o melhor curso de ação, visando estabilidade de preços e máxima geração de empregos.
Em relação às eleições nos EUA, Donald Trump abriu cinco pontos de vantagem sobre Joe Biden após o atentado na Pensilvânia, alcançando 52% contra 47%, segundo pesquisa da CBS. Em Nova York, houve forte aversão ao risco da vitória do candidato republicano, com investidores correndo para o dólar e liquidando posições em títulos do Tesouro.
O movimento defensivo reflete as chances de vitória de Trump e o receio de um estouro da bolha das techs. A expectativa das próximas horas é pela desistência de Biden.
Na Europa, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) da Alemanha mostrou um declínio anual de 1,6% em junho, em linha com as expectativas.