Depois de dois meses sem reajustes no preço base do suíno para o produtor integrado, três agroindústrias alteraram o valor de R$ 1,70 para R$ 1,80, mais bonificação de carcaça, um aumento de 6%. Já o produtor não integrado recebe R$ 2,05. Mesmo com o anúncio do aumento de R$ 0,10, o valor não cobre ainda o custo de produção que gira em torno de R$ 2,25 a R$ 2,28. Um cenário bem diferente do ano passado, fazendo um comparativo com o mesmo período, o produtor integrado recebia R$ 2,45 pelo quilo do suíno e o não integrado R$ 3,15.
De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Wolmir de Souza, o aumento demonstra a melhora na atividade, mas não diminui o prejuízo do produtor. “Este aumento é mais um fator para que o produtor passe acreditar, pois ele vem de longa data com prejuízo e desacreditando na atividade, novas missões estão vindo para Santa Catarina e aberturas de novos mercados também, como é o caso da Filipinas, são expectativas para que o produtor passe a acreditar na atividade”.
Souza diz que a tendência para os próximos meses é de crescimento de uma forma lenta, porém, segura. “A demanda para os próximos meses será um fator positivo também para a suinocultura, com a chegada do final do ano aumenta a venda do produto”. O dirigente destaca ainda, que mesmo com o patamar se equilibrando nos próximos meses, a entidade busca alternativas para o consumo interno. “Estamos trabalhando em conjunto com os pequenos e médios frigoríficos com o intuito de buscar alternativas de aumento de consumo per capita de carne suína”, finaliza.