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Economia

Crédito de carbono movimenta US$ 138 bilhões

Agronegócio começa a descobrir este mercado lucrativo. Multinacional brasileira cria curso para formar profissionais qualificados.

O tema aquecimento global está na pauta do mundo todo, afinal, todos os habitantes do planeta são afetados pelo o que está ocorrendo. Até o momento, o meio mais eficaz para combater o problema é adotar o conjunto de resoluções definidas a partir do Protocolo de Kyoto, quando diversos países desenvolvidos de todo o mundo, se comprometeram a reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa em até 5,2% ao final de 2012, prazo final do primeiro período. Porém, não é uma tarefa fácil reduzir a poluição quando população e o consumismo crescem vertiginosamente.

Para que os países signatários do acordo pudessem atender aos objetivos de redução global dos níveis de emissão de gases, foram criadas medidas compensatórias como alternativa, dentre as quais o bem sucedido programa de Créditos de Carbono. Teoricamente, é um mecanismo simples, que consiste em um país ou empresa que não está conseguindo reduzir os seus níveis de emissão de poluentes, poder comprar os créditos de outra nação ou empresa de um país subdesenvolvido que está obtendo êxito na redução. Com isso, incentiva que diversas localidades do mundo busquem investir em mecanismos limpos de produção e, consequentemente, obtendo ótimos lucros com a comercialização de seus créditos excedentes.

Este é um mercado em franca expansão que, em 2005, movimentou US$ 3 bilhões e, em 2009, US$ 138 bilhões. A expectativa é de um crescimento vertiginoso nos próximos anos mas, apesar do Brasil estar entre os 3 países que mais negociam os créditos, ainda falta capacitação de mão-de-obra para a elaboração dos projetos para serem aprovados pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Exemplo – Um aterro sanitário começa a queimar o gás metano produzido pela decomposição do lixo, transformando este em CO2. O metano tem um potencial 21 vezes maior que o CO2 no agravamento do efeito estufa. A metodologia do crédito de carbono definiu um preço para cada tonelada de CO2 que não é jogada na atmosfera que, atualmente, vale cerca de E$15 euros. Com isso, cada tonelada de metano que deixou de poluir o meio ambiente será multiplicado por 21. Com isso, os países signatários do Protocolo de Kyoto, poderão comprá-lo e compensar a não redução de poluentes da sua localidade.

“Este mercado dobra de tamanho todos os anos e ainda existe um enorme potencial de crescimento. Para tanto, é necessário que haja a ligação entre as possíveis empresas produtoras do crédito e as empresas compradoras. Isso só é possível através dos profissionais qualificados para montar o projeto de crédito de carbono”, explica o Dr. Fábio Odaguiri, mestre em Direito Ambiental e Internacional.

De olho neste mercado promissor, a CMA Educacional, unidade especializada em treinamentos de mercado do Grupo CMA, que está presente em 35 países, traz para o Brasil o curso Análise de Atratividade e Elaboração de Projetos de Créditos de Carbono, com o objetivo de qualificar a mão-de-obra que confeccionará os projetos para as empresas brasileiras. “Existem muitos profissionais interessados no tema que querem se especializar e não sabem como. É um mercado ainda novo e carente de informações. As pessoas que entrarem neste nicho, possuem grandes chances de obter êxito com grandes lucros financeiros”, destaca Romualdo Salata, diretor geral do Grupo CMA.

O conteúdo programático é extremamente completo, começando pelas mudanças climáticas, passando pelas negociações internacionais sobre o tema, até chegar na identificação de projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) e montagem de todo o projeto. “O conteúdo do curso é extremamente completo. O aluno entende o que está acontecendo com o planeta, o que os países estão fazendo para amenizar o problema e o principal, como identificar e elaborar um projeto de crédito de carbono com perfeição para que este seja aprovado na ONU”.

Para Salata, a CMA acredita no crescimento vertiginoso deste mercado e está ampliando o curso para as demais capitais do país. “Este tema não interessa apenas para São Paulo, mas sim, para todo o Brasil. Já estamos levando este projeto para Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR), e elaborando o plano de expansão para outras localidades”, finaliza.