O desembolso do crédito rural para a agricultura familiar e empresarial nos quatro primeiros meses do Plano Safra 2023/2024 alcançou a marca de R$ 186 bilhões, representando um aumento de 14% em comparação com o mesmo período da safra anterior. Desse montante, R$ 110 bilhões foram destinados a financiamentos de custeio, R$ 35 bilhões a concessões de linhas de investimentos, R$ 21 bilhões a operações de comercialização e R$ 19 bilhões a operações de industrialização.
A análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) revela que foram firmados 832.726 contratos durante os quatro primeiros meses, sendo 602.528 no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 101.614 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).
O montante de R$ 186 bilhões corresponde a 43% do total programado para a atual safra de R$ 435,8 bilhões para todos os produtores, abrangendo pequenos, médios e grandes. No segmento da agricultura empresarial, destinado a médios e grandes agricultores, foram aplicados R$ 160,3 bilhões, representando um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior e correspondendo a 44% do total programado pelo governo, que é de R$ 364,2 bilhões.
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Os pequenos e médios produtores, no âmbito do Pronaf e Pronamp, receberam respectivamente R$ 26,5 bilhões e R$ 28,5 bilhões em financiamentos para todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização).
Os demais produtores formalizaram 128.584 contratos, totalizando R$ 131,8 bilhões em financiamentos concedidos pelas instituições financeiras.
No segmento de financiamentos agropecuários para investimento, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) registrou contratações de R$ 1,0 bilhão, representando um aumento de 22% em relação ao mesmo período na safra anterior. Além disso, os financiamentos para o programa Pronamp alcançaram R$ 2,5 bilhões, refletindo um aumento de 50%.
Quanto às fontes de recursos do crédito rural, destaca-se o aumento significativo de 445% nos recursos livres equalizáveis, atingindo R$ 8,7 bilhões em relação ao mesmo período da safra anterior. O secretário substituto de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, enfatizou a contribuição da fonte não controlada da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que representou 46% do total das aplicações na agricultura empresarial nos primeiros quatro meses da safra atual, totalizando R$ 73,1 bilhões, um aumento de 84% em relação ao mesmo período da safra passada, quando essa fonte respondeu por 29% (R$ 39,6 bilhões).
É importante observar que os valores apresentados são provisórios e foram extraídos do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB) em 6 de novembro. Variações nos dados podem ser observadas ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado, dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira. O tema foi discutido em um encontro do secretário substituto de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, com jornalistas do setor no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), na manhã desta sexta-feira (10), contando com a participação do diretor do Departamento de Comercialização da Secretaria de Política Agrícola, Silvio Farnese, e da chefe da Assessoria Especial de Comunicação, Carla Madeira.
