Redação (09/05/07) – Nos primeiros três meses do ano, as exportações de frango no Rio Grande do Sul aumentaram 4% em relação ao mesmo período de 2006. Os embarques já chegam a 160 mil toneladas. Segundo a Associação Gaúcha de Avicultura, aos poucos o setor está retomando as vendas e recuperando o otimismo.
No ano passado, a gripe aviária em diversos países e um caso isolado da doença de newcastle no Rio Grande do Sul trouxeram prejuízos aos criadores de frango. As indústrias gaúchas tiveram uma queda de 14% nas exportações porque os principais mercados, como o Oriente Médio e a União Européia, diminuíram o consumo. “Os estoques permaneceram elevados e quem fornece não conseguia mais enviar o produto para lá. Com isso, nós tivemos de readequar a nossa produção até que o pânico momentâneo passasse e o consumo se restabelecesse”, explica José Eduardo dos Santos, secretário da Associação.
Com a situação sobre controle, as indústrias avícolas esperam alcançar este ano o mesmo volume de exportações de 2005, antes da ameaça da gripe aviária: o equivalente a 725 mil toneladas.
Otimista, o avicultor Luiz Senter já fez a terraplanagem para construir mais um galpão, o sexto da propriedade dele. A intenção é produzir por ano um milhão de frangos de corte. Dessa vez, com um diferencial. “A genética do frango está melhorando, então tem que melhorar no galpão. Então eu vou colocar um climatizado, que seria mais adequado para a criação. Temos de acompanhar o mercado”, afirma.
As perspectivas de produção e exportação fazem parte dos debates no Congresso Brasileiro de Avicultura, que termina nesta quarta-feira em Brasília. O encontro reúne mais de 400 pessoas ligadas ao setor.