Os gastos públicos na agricultura têm respondido eficientemente nos resultados do setor, na avaliação do coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques. “Apesar de ter aumentado menos que o PIB (2,46%) e que o gasto total do governo federal (6,12%), no período de 1980 a 2008, a agricultura cresceu 3,5% ao ano, enquanto os outros setores da economia chegaram a 2,4% ao ano”, salienta. As despesas realizadas pela União em Agricultura e Organização Agrária, num total de R$ 14 bilhões, em 2008, representam a menor participação nas despesas totais executadas desde 1980.
As conclusões do estudo sobre Gastos Públicos na Agricultura Brasileira foram apresentados, na manhã da última segunda-feira (27/07), pelo coordenador, no 47º Congresso Anual da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober), em Porto Alegre/RS. A pesquisa aponta que os dispêndios, em 2008, com Agricultura (R$ 9,5 bilhões) e Organização Agrária (R$ 4,5 bilhões) foram assumidos pelo governo federal em 70% e 97%, respectivamente. Os governos estaduais e municipais participaram com o restante.
Gasques abordou também as projeções do agronegócio para 2019, trabalho concluído no ano passado, indicando aumento na produção de grãos e carnes (bovina, suína e de aves). A produção agrícola brasileira terá expansão de 40 milhões de toneladas, principalmente, de soja, milho, trigo, arroz e feijão, totalizando produção de 180 milhões de toneladas, em dez anos.