As exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 974,1 mil toneladas, número 4,42% maior que o registrado no primeiro trimestre de 2011, segundo informações da União Brasileira de Avicultura (Ubabef). Já a receita, mesmo com o resultado de março, acumula crescimento de apenas 1,1%, atingindo US$ 1,89 bilhão entre janeiro e março. Para se ter uma ideia, entre janeiro e dezembro de 2011 o crescimento da receita foi de 21,2%.
“A receita tem crescido em ritmo menor que os volumes embarcados, o que mostra que a rentabilidade das agroindústrias exportadoras está reduzindo. Com a perda de competitividade, os exportadores estão diminuindo preços para manter os mercados. Neste momento crítico, o apoio do governo é fundamental”, ressalta o presidente da Ubabef, Francisco Turra.
“O resultado negativo das exportações do trimestre para o Oriente Médio foi influenciado pelo desempenho nas exportações para o Irã, além da redução das compras em outros mercados”, destaca o presidente da UBABEF.
Entre os mercados que registraram os maiores crescimentos em volumes exportados estão Egito (19,9 mil ton.), Hong Kong (16,9 mil ton.), China (16,3 mil ton.), Coreia do Sul (15,1 mil ton.) e Cingapura (7,8 mil ton.). Já os mercados com maior queda nas exportações do trimestre estão Kuwait (- 24,5 mil ton.), Japão (-19,2 mil ton.), Irã (- 144 mil ton.), Alemanha (- 4,2 mil ton.) e Angola (- 3,4 mil ton.).
Produtos – Entre os produtos exportados (em volume), os cortes acumulam a maior alta em 2012, com crescimento de 12,8% e total de 542,6 mil toneladas. Carnes salgadas registraram aumento de 6%, com 41,5 mil toneladas. Também com resultado positivo, os industrializados tiveram incremento de 2% no acumulado do ano, com 46 mil toneladas. Único segmento com decréscimo, os embarques de frango inteiro reduziram 6,5% este ano, na comparação com o mesmo período de 2011.
Competitividade A perda de rentabilidade da agroindústria exportadora reflete a redução da competitividade da avicultura brasileira. Diante deste cenário, a UBABEF tem negociado com o Governo Federal a suspensão de medidas que impactam o custo de produção e a inclusão do setor em programas de incentivo, a exemplo do Plano Brasil Maior. “É fundamental que ações diretas em prol de nossa competitividade se concretizem, como a inclusão da avicultura no REINTEGRA e entre os setores beneficiados pela desoneração de INSS da folha de pagamento. Conforme demonstrado em levantamento encomendado pela Ubabef, a carne de frango está presente em 100% dos lares brasileiros pesquisados, justificando a inclusão da agroindústria avícola em programas de desoneração para estimular ainda mais a produção de um alimento comprovadamente essencial para a população”, concluiu Turra.