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Economia

Crescimento do PIB

Produto Interno Bruto do ano passado cresceu 7,8%, aponta índice do Banco Central que mede atividade econômica.

Crescimento do PIB

O índice do Banco Central (BC) que mede a expansão da atividade econômica encerrou o ano passado com alta de 7,81%. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) fechou 2010 no nível de 140,60 pontos, na série com dados dessazonalizados. No ano anterior, o indicador sinalizava 135,11 pontos no mesmo período. Os primeiros sinais do ano, no entanto, apontam para um crescimento menor do que o esperado em 2011.

O IBC-Br passou a ser divulgado pelo BC apenas no ano passado, mas já é visto pelo mercado como uma boa antecipação do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB). Assim, o dado do PIB que será divulgado pelo IBGE no início de março, não deve ficar muito fora desse nível. O BC trabalha com uma previsão mais pessimista, de alta do PIB de 7,3%. O Boletim Focus, alimentado com as projeções de centenas de bancos e instituições, prevê uma alta maior, de 7,61%. Para este ano, o mercado espera avanço de 4,5%.

Na comparação trimestral, o IBC-Br aponta uma expansão de 1,03% nos últimos três meses do ano sobre os dados do terceiro trimestre. Em relação ao quarto trimestre de 2009, o indicador mostra avanço de 5%. O Itaú Unibanco, que também tem uma medida própria de antecipação do PIB, acredita que a evolução da economia no quarto trimestre foi de 1%, na comparação com o terceiro.

Na avaliação do economista Aurélio Bicalho, a alta no período alcançou a maioria dos grandes grupos que compõem a medição, com destaque, mais uma vez, para as contribuições do setor de serviços, em especial dos segmentos de transporte e varejo. Já o dado mensal do IBC-Br indica que a economia andou de lado em dezembro. O indicador do BC apontou relativa estabilidade da atividade econômica, com elevação de 0,07% sobre o nível de novembro.

Os indicadores antecedentes já sinalizavam que a atividade econômica havia terminado o ano passado em ritmo mais moderado. Esse sentimento ficou mais claro com os dados de produção industrial e vendas de varejo. Como aponta a equipe econômica do Bradesco, o resultado do varejo no último mês do ano foi mais fracos do que o esperado, com estabilidade na margem, em termos dessazonalizados. Os números foram vistos pelo banco como uma “surpresa negativa”.

Para o Barclays Capital, a atividade mais fraca em dezembro, combinada com os dados iniciais de janeiro, aponta para um desempenho da economia mais fraco do que o esperado no começo do ano. O banco espera avanço de 1,4% no primeiro trimestre sobre o quarto trimestre de 2010, mas o número pode se mostrar “muito otimista”, diz o banco, e sofrer revisões.

Já a prévia do PIB mensal de janeiro, feita pelo Itaú Unibanco, aponta para ligeira expansão na margem, mas os sinais de acomodação do PIB mensal em janeiro podem se estender para os meses subsequentes, como consequência dos efeitos da política econômica mais austera do governo.

“O elevado patamar de dezembro deixará uma herança positiva para o primeiro trimestre de 0,6%. Portanto, o crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2011 poderá ficar próximo do esperado para o quarto trimestre de 2010 (1%), mas o ritmo mensal, de fato, deverá ser bem mais lento”, diz Bicalho.