Na granja dos Tesser, que fica em Casca, no Rio Grande do Sul, a família era integrada de uma grande agroindústria. Além de criar os porcos, eles também faziam carreto, buscando os animais nas fazendas e levando para os frigoríficos da empresa. Observando como tudo funcionava, o produtor rural Leandro Tesser e a esposa Áurea tiveram a ideia de virar uma integradora.
Para seguir o sistema das grandes integradoras foi preciso construir uma pequena fábrica de ração, de onde saem por dia 45 toneladas de alimento para os suínos que estão em 31 propriedades parceiras deste novo modelo de negócio.
“Nós entregamos o leitão, a ração, o medicamento, a assistência técnica. O parceiro coloca mão de obra e instalação e a gente paga por conversão alimentar do suíno”, explica Tesser.
O modelo de parceria é semelhante ao das grandes agroindústrias, com uma diferença: tudo é feito diretamente com os integrados, como em um negócio entre vizinhos.
Os animais criados pelos parceiros são levados para a propriedade do Leandro, que encaminha os porcos para frigoríficos da região. Por semana a integradora encaminha 900 animais para o abate. O frigorífico paga até R$ 3,40 pelo quilo da carne, sendo que em 2013, Leandro recebia apenas R$ 2,90.