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Economia

Criadores de frango reclamam da alta do preço dos insumos

Apesar da valorização do produto em novembro, avicultor não conseguiu aumentar sua rentabilidade com a alta dos grãos. Produção brasileira deve se manter estabilizada.

O preço da carne do frango teve boa valorização em novembro. Apesar do aumento, na hora da venda, os produtores reclamam que o preço dos insumos também subiu bastante.

Os números do Cepea, Centro de Economia Aplicada da USP, mostram um sobe e desce no preço do frango no estado de São Paulo. O quilo da carcaça iniciou o mês de agosto a R$ 2,40. Em setembro, subiu para R$ 2,90. Caiu em outubro para R$ 2,80. Em novembro saltou para R$ 3,20. houve um aumento de 33% em quatro meses.

Para o pesquisador do Cepea o preço subiu porque o consumo está maior. A explicação para isso está relacionada à cotação da carne bovina. “A elevação que a gente teve no preço da carne bovina acaba puxando as demais proteínas. Tanto a carne de frango quanto a carne suína”, esclareceu o agrônomo Sérgio de Zen.

Outro fator que influenciou o preço do frango foi a ração. As sacas do milho e da soja, por exemplo, aumentaram 60% desde o início deste ano. Vale lembrar que os gastos com estes grãos representam 70% dos custos totais para a criação destas aves.

“Agora, que tivemos um aumento desse preço do frango no mercado, praticamente foi neutralizado pelos preços mais altos das matérias primas”, falou Érico Pozzer, presidente da Associação Paulista de Avicultura.

Essa alta no preço não deve influenciar no ritmo da produção. “A tendência é que a produção do frango no Brasil se mantenha estabilizada”, completou Pozzer.

Sessenta e cinco por cento da produção nacional de carne de frango é consumida no mercado interno.