O Brasil é o quarto maior produtor de carne suína do mundo, mas grande parte deste alimento é exportado para outros países, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Para incluir a carne no cardápio da população a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), juntamente com a Associação Goiana de Suinocultores (AGS), desenvolvem uma campanha para mostrar que a carne é nutritiva, que pode ser usada na merenda escolar, e com cortes nobres dá para preparar pratos refinados.
De acordo com o diretor técnico da AGS, Iuri Pinheiro Machado, o Brasil exporta em torno de 20% da produção de carne suína. “Praticamente metade desta exportação vai para a Rússia. Se consolidarmos o mercado interno, teremos a possibilidade de ampliar o consumo de uma carne saborosa e extremamente saudável, por um preço bastante acessível”, afirma.
O incentivo começa na aparência da carne exposta aos consumidores no comércio e nas variedades de cortes que estão nas gôndolas de supermercados. Segundo o chef de cozinha, Daniel Furtado, existe mais de 60 cortes na carne suína. “Com esses cortes, a dona de casa vai ter um conceito totalmente diferente do que ela tem hoje do consumo dessa carne”, garante.
Merenda escolar
Uma forma de aumentar o consumo é incluir a carne suína na merenda escolar. Em Rio Verde (GO), no sudeste goiano, merendeiras da rede municipal de ensino, passaram por um treinamento onde receberam dicas que fazem a diferença no preparo da carne suína.
De acordo com a chef de cozinha, Rejane Lorezon, para preservar as vitaminas a carne precisa passar por um processo rápido de aquecimento. O truque é usar pequenas porções para não acumular água, os temperos só devem ser usados na hora de finalizar a receita.
Segundo a nutricionista Evelynne Gomes Silva da Costa, a carne suína é muito nutritiva. “Ela é um alimento rico em proteínas e vitaminas, principalmente do complexo B”, diz.