Redação AI (27/03/06)- A crise do frango, que afeta dezenas de países europeus, já causa prejuízos em outros continentes e até o Pará já sente impactos econômicos. Para minimizar esses problemas, Delegacia Regional do Pará (DRT), Dieese-Pa, Secretaria do Trabalho, Secretaria da Indústria e Comércio, Federação da Agricultura e a Associação Paraense de Avicultores reuniram-se nesta segunda-feira (27) para discutir a atual crise no comércio do frango regional.
Com a crise mundial no setor, o frango resfriado que vem do sudeste do país, é encontrado em Belém por R$ 1,59 a R$ 1,94, valor bem inferior ao frango regional, comercializado em média a R$ 3,00. Na semana passada, os produtores do Estado cogitavam demitir funcionários, o que segundo o Diesse provocaria uma crise ainda maior. O setor emprega entre 3 a 4 mil pessoas, mas a cadeia produtiva do frango emprega entre 10 e 12 mil trabalhadores no Pará.
Na reunião que terminou no início da tarde, ficou definido que até o final mês de abril, não haverá demissões por este motivo. Os produtores negociarão com o governo do Estado o acesso facilitado aos grãos e a redução da alíquota de ICMS, medidas que podem baratear o preço do frango. ”” Penso que isso vai provocar uma quebra do preço do frango regional,””, disse Roberto Senna, diretor técnico do Dieese no Pará.
Caso o problema persista, outra reunião será marcada e decisões como férias coletivas e redução de horas extras serão tomadas.