Redação Ai 22/01/2004 – 04h49 – Os casos da influenza aviária na Ásia, a “gripe do frango”, podem render bons negócios para o Brasil. Para o presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Frango (Abef), Júlio Cardoso, ainda é cedo para dizer que as exportações brasileiras vão aumentar, mas as perspectivas são boas. O representante ressalta que o Brasil tem capacidade de aumentar a sua produção caso a demanda internacional por carne de frango cresça.
“Com os problemas que estão ocorrendo em outros países, sem dúvida, o que acaba ocorrendo é que os mercados importadores começam a se voltar para o Brasil”, diz.
Cardoso acredita que os importadores de carne de frango passarão a ver o país como o grande fornecedor mundial, ou o fornecedor que tem as condições adequadas para oferecer produtos saudáveis.
No ano passado, o Brasil passou a ocupar a posição de segundo lugar no ranking dos maiores exportadores mundiais, em volume, de carne de frango. Em faturamento, superou os Estados Unidos e se tornou o maior exportador do planeta. O Japão é um dos principais compradores da carne de frango brasileira.
Os produtores nacionais elogiam as medidas adotadas pelo Ministério da Agricultura, como a proibição da entrada de aves, seus produtos e subprodutos de países onde tenham ocorrido casos da influenza aviária, mas o presidente da Abef alerta que é preciso unir forças com o governo federal e com os governos estaduais para manter o controle rigoroso na área de defesa animal.
A grande distância entre o Brasil e a Ásia é vista como uma barreira natural para a chegada do vírus da influenza aviária.