Mais um município decretou situação de emergência devido à crise na suinocultura. O prefeito de Concórdia, no oeste catarinense, convocou reunião com instituições ligadas à indústria nesta segunda-feira (2). A economia da cidade é baseada na suinocultura, onde há mais de 400 mil porcos criados em granjas. Além de Concórdia, mais oito municípios decretaram situação de emergência pelo mesmo motivo.
Segundo a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o custo de produção de um suíno está maior do que o preço da venda. O principal ingrediente da ração dos porcos, o farelo de soja, está mais caro. Porém, a quantia paga em cada animal não aumentou. Para cada quilo de suíno vivo, o produtor investe cerca de R$ 2,50, mas só recebe R$ 1,30. A ACCS acredita que o excesso de produção tenha baixado o preço das vendas.
Após a reunião realizada com as instituições ligadas à suinocultura nesta segunda-feira (2), em Concórdia, ficou decidido que será enviado um documento para o governo federal. O objetivo é pedir que, nos próximos meses, o preço pago pelo quilo do suíno vivo seja de R$ 2,57. “Esperamos que o Ministério da Agricultura se sensibilize”, declarou o presidente da ACCS, Lozivânio de Lorenzi.