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Mercado Interno

Crise no setor ameaça suinocultores de Bragança Paulista (SP)

Eles culpam a alta no preço da ração dos animais e a baixa no preço da carne vendida para os frigoríficos.

Crise no setor ameaça suinocultores de Bragança Paulista (SP)

Produtores rurais que criam porcos enfrentam uma crise em Bragança Paulista. Eles culpam a alta no preço da ração dos animais e a baixa no preço da carne vendida para os frigoríficos. Geraldo Salaroli é suinocultor há 27 anos e proprietário de uma granja com cerca de dois mil porcos.

Sua principal fonte de renda é trabalhar com os animais e desde o ano passado, uma crise no setor preocupa o produtor. “O endividamento é grande por parte dos suinocultores devido a essa crise que perdura 18 meses”, conta Geraldo.

Ele emprestou dinheiro para modernizar a granja, mas teve que paralisar as obras. “Iniciei essa obra só que ela corre o risco de parar e eu encerrar as atividades se a crise perdurar”, contou.

A crise que afeta os suinocultores acontece devido ao custo da produção. Aumentou o preço da soja e do milho, principais componentes da ração dada aos porcos e o valor da carne vendida para os frigoríficos passou de R$ 60 para R$ 35 a arroba.

“A queda do preço do suíno é devido ao excesso de produção, a queda da exportação pra Rússia e a queda para a Argentina, isso fez com que inundasse o mercado da carne suína isso fez com que o preço abaixasse tremendamente”, conta o presidente do núcleo regional dos suinocultores de Bragança Paulista, Mário Jorge Arruda.

Só que a redução no valor da carne de porco não foi repassada para o consumidor. A aposentada Jovelina da Silva costuma comparar os preços em busca da melhor compra. “Eu to achando caro, não estou achando barato não. Eu compro sempre e cada vez que eu vou é um preço”, diz Jovelina.

Sem esperança de melhora, os produtores correm o risco de ter que encerrar as atividades. “É um vermelho, é um prejuízo tremendo e isso já faz acho que mais de ano que nós estamos no prejuízo, muitos já saíram da atividade e todos estão pensando até em abandonar a atividade”, diz Frederico Vicente Colucci.