Os custos de produção de suínos e de frangos de corte registraram aumentos em março, após quedas consecutivas nos primeiros meses do ano, influenciados principalmente por elevação nos gastos com nutrição de animais, segundo índices calculados pela Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves de Concórdia (SC).
O custo de produção de frangos, medido pelo ICPFrango/Embrapa, ficou em 175,16 pontos em março, um alta de 4,1% em comparação a fevereiro. Já o ICP Suíno/Embrapa subiu 2,4%, a 177,13 pontos.
“Para suínos, na nutrição, o principal insumo que contribuiu para que essa alta fosse possível foi o farelo de soja, que aumentou consideravelmente de um mês para outro”, disse o analista da área de socioeconomia e responsável pelos índices de custos de produção no site da CIAS, Ari Jarbas Sandi, à CarneTec na sexta-feira (17).
Houve, em março, um aumento de 2,63% no item nutrição para suínos, com o custo do farelo de soja subindo 4,92% e o do milho a 2,54%.
Para o frango de corte, o custo da nutrição teve um aumento de 6,31%. O item que mede o custo da energia elétrica, calefação, gás GLP foi o segundo a ter maior impacto nos custos de produção de frangos de corte em março, com alta de 4,21%.
O ICPFrango/Embrapa é referente aos custos de produção no Paraná, maior produtor de frangos do país, para o aviário do tipo climatizado em pressão positiva, modelo referencial de produção. Já o ICPSuíno/Embrapa é obtido a partir de resultados de custos da produção de suínos em sistema do tipo “ciclo completo” em Santa Catarina, maior produtor nacional.