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Economia

Custos de produção de suínos volta a subir em novembro, porém acumula queda no ano

Custos de produção ainda acumulam queda no ano em -9,38%

Custos de produção de suínos volta a subir em novembro, porém acumula queda no ano

Os custos mensais de produção de suínos e de frangos de corte calculados pela Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa (Cias) tiveram alta em novembro. O ICPSuíno/Embrapa aumentou 2,05%, e fechou em 198,98 pontos, fechando o quarto mês seguido com elevação nos índices. Apesar de mais um mês de aumento, os custos de produção ainda acumulam queda no ano em -9,38%.

De acordo a pesquisa de preço, o custo do suíno em novembro foi influenciado pelo acréscimo no preço de mercado dos insumos que constituem as rações (nutrição), especialmente o milho. “Este cereal teve o preço aumentado em 3,06% em relação ao mês anterior. O farelo de soja também aumentou consideravelmente em Santa Catarina, passando de R$ 1.170 por tonelada em outubro para R$ 1.200 por tonelada em novembro. Um acréscimo de 2,56%”, diz Sandi.

Como resultado do aumento nos preços destes insumos, o ICPSuíno/Embrapa se aproxima do resultado obtido em fevereiro de 2017, quando chegou a 201,40 pontos percentuais.

Segundo o analista de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, Ari Jarbas Sandi, as variações obtidas nos índices de custos de produção são reflexo das relações entre as quantidades de insumos e fatores utilizados na produção de suínos. Assim, os respectivos coeficientes zootécnicos e preços de mercado podem, de alguma forma, influenciar o grau de competitividade das organizações agroindustriais.

“O termo ‘competitividade’ tem sido muito utilizado pelas organizações públicas e privadas atuantes em cadeias produtivas longas, como as de produção de carnes de frango e de suínos, que requerem, além de competência técnica e de gestão, políticas capazes de minimizar desajustes administrativos, ambientais, jurídicos e comerciais para garantir o adequado abastecimento da cadeia de suprimentos de bens de consumo”, diz Sandi.

Por que relacionar competitividade com os Índices de Custos de Produção de novembro 2017?

Sandi explica que o elo de produção primária em ambas as cadeias produtivas (aves e suínos) depende da quantidade, dos preços, da produção e do mercado de insumos e fatores de produção chave como, por exemplo, mão de obra qualificada (afetada pelos níveis salariais pagos aos trabalhadores). O analista ainda considera a infraestrutura de construções e equipamentos ajustada para que os animais expressem o seu melhor desempenho produtivo (afetado pelo potencial genético dos animais associado ao fornecimento de rações balanceadas e de alta qualidade e ao manejo e à ambiência dos galpões de produção).

Os custos também são interferidos pela energia elétrica (de preferência acessível, abundante e econômica), substratos para a calefação dos ambientes produtivos (lenha, cavaco de lenha, briquete, GLP),  substratos para acomodar e proporcionar bem estar aos animais (palha, cepilho, maravalha e serragem de madeira), veículos de transporte adequados à exigências de bem estar de cada espécie e insumos de uso veterinário de qualidade. Sandi esclarece que esses fatores e insumos de produção são afetados diretamente pela competitividade das empresas e das organizações adjacentes.