Os custos de produção de suínos serão definidos a partir do milho safrinha em 2018, é o que aponta a análise divulgada pelo Rabobank. Segundo a perspectiva inicial da companhia o nível de preços do grão devem ser 3% a 10% superiores que os observados em 2017, o que deve alterar os custos com nutrição animal no setor.
A oferta pela produção de carne suína deve crescer em torno de 2%, de acordo com as projeções do Rabobank, o que supera os registrados em 2017 (1,5%). Para o mercado internacional, Rússia, Hong Kong e China devem continuar a ser os principais destinos para a carne suína brasileira.
A Rússia se tornou em 2017 o principal destino da carne suína brasileira, sendo responsável pela compra de cerca de 40% de toda carne suína exportada pelo Brasil no período analisado pelo Rabobank. Neste cenário a publicação sinaliza para uma dependência do mercado brasileiro pelo mercado russo, situação que colocaria o setor em risco, já que qualquer restrição prolongada de acesso a esse mercado teria impacto relevante em toda a cadeia de produção.
O Rabobank ainda aponta que o objetivo brasileiro é buscar por novos mercados, como por exemplo, a Coreia do Sul, que em 2018 iniciara sua importação da proteína suína nacional. Outra aposta para 2018 é a manutenção dos mercados da Argentina (responsável por um aumento de 40% em importações) e o Uruguai (responsável por 12%), e o aumento de importações da China, que deve demandar um volume adicional de embarques brasileiros.
Os dados da publicação apontam para um crescimento de 4% em exportações de carne suína para 2018.
O Rabobank finaliza com perspectivas para o produtor independente, ressaltando que este deve ficar atento às oportunidades de compra de milho em períodos de preços mais baixos. Já a indústria, por sua vez, deve se beneficiar da esperada recuperação do consumo interno.