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Demanda por rações de poedeiras aumenta 10% enquanto para frango de corte recua

Sindirações divulgou balanço do primeiro semestre e aponta que setor foi favorecido pelo alívio no preço dos grãos, mas prejudicado pelo cenário econômico e golpe na imagem da cadeia produtiva

Demanda por rações de poedeiras aumenta 10% enquanto para frango de corte recua

De acordo com informações divulgadas na tarde desta segunda-feira (28/08) pelo Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) a demanda por rações industrializadas contabilizou 33,1 milhões de toneladas e retrocedeu 1,5%, quando comparada ao mesmo período do ano passado. Em específico, o avicultor demandou 16,5 milhões de toneladas de rações para frangos de corte, um retrocesso de 1,7%, em resposta ao alojamento de pintainhos que declinou aproximadamente 6%. A produção de rações para poedeiras teve um incremento de quase 10%.

“Apesar do flagrante alívio no custo de produção, a fragilidade do consumo doméstico e o sensacionalismo na divulgação da operação “Carne Fraca”, impactaram negativamente a produção e comprometeram a exportação de carne de frango, que recuaram respectivamente 2% e 6%, durante o primeiro semestre”, explicou Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações.

O mergulho do preço do milho e do farelo de soja não foi capaz de motivar o confinamento de bois, a alimentação preparada do rebanho leiteiro e o alojamento de pintainhos e leitões, ao contrário dos produtores de ovos que aproveitaram o alívio do custo desses principais insumos durante todo o primeiro semestre.

A produção de rações para poedeiras, por sua vez, somou 2,9 milhões de toneladas, um incremento de quase 10%, em resposta ao robusto alojamento de pintainhas de postura e produção dos ovos, que por ser considerado alimento nutritivo e de custo acessível, substituiu boa parte da proteína animal tradicionalmente consumida pelas famílias. De acordo com Zani, “o ritmo, contudo, pode desacelerar durante o segundo semestre por causa do ajuste à demanda per capita de ovos e o descarte das galinhas mais velhas”.

“A recuperação no ritmo dos embarques e a ainda lenta retomada do poder de compra, resultado da menor inflação e taxa de juros, parecem já refletir na cadeia produtiva, cuja reação perceptível a partir de julho poderá intensificar-se no segundo semestre, muito embora o desemprego continua resiliente e o ambiente de negócios ainda bastante instável”, concluí o representante do setor de rações.

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