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Suinocultura

Desafio do setor suinícola

Impulsionar o consumo de carne suína ainda é um desafio. Supermercados de sete Estados fazem campanha para estimular vendas.

Desafio do setor suinícola

As pessoas gostam do sabor, mas não encontram o produto do jeito que querem. Segundo especialistas, é este o motivo de o consumo de carne suína não ser maior no Brasil. O desafio é disponibilizar diferentes opções de cortes e produtos. Por isso, supermercados de sete Estados iniciam esta semana uma campanha nacional para estimular as vendas.

“Carne de porco só na feijoada ou a linguicinha como petisco em bar “, diz o jornalista Antônio Machado.

“Eu costumo comer, normalmente, nos finais de semana ou então junto com a feijoada”, afirma o cartorário André Carvalho Pereira.

Entretanto, a carne de porco não é item exclusivo da feijoada. Cortes como filé mignon, patinho e até picanha são boas opções para fugir do tradicional. É isso que quer mostrar a campanha criada para incentivar o consumo. A meta é aumentar a quantidade que o brasileiro come por ano: dos atuais 13kg para 15kg por pessoa.

A ação inicia em sete estados e vai durar três anos, com a distribuição de receitas, planfletos com informações nutricionais e o treinamento de funcionários dos supermercados. A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) pretende ainda incluir escolas, padarias, bares e restaurantes na divulgação. Tudo para mostrar que a carne suína é saudável e saborosa.

“O objetivo final desta campanha é dar ao consumidor mais opções de uso, formatos, para que ele possa adquirir essa carne suína e utilizar ela de diversas maneiras possíveis”, explica o diretor da ABCS, Fabiano Coser.

O aumento do consumo vai beneficiar diretamente os criadores, como Alexandre Censi, que já está preparado para ampliar em até 50% a produção.

“O custo de investimento é alto, mas nos motiva a aumentar a produção para atender a essa demanda do mercado interno.  O consumidor urbano está longe da realidade do campo, de como é produzido o suíno hoje: as técnicas envolvidas, o manejo,  todo esse processo resulta em uma carne segura para ser consumida”, defende Censi.