Com um plantel de 492 suínos, o criador Alexandre Wülfing, da localidade de Linha Lenz, interior do município de Estrela (RS), está otimista com a valorização do preço da carcaça neste fim de ano. Alheio à variação do preço do quilo de suíno vivo, ele explica que a sua remuneração é por animal. A empresa da qual é integrado adotou uma fórmula baseada na conversão alimentar e na espessura do toicinho. O segredo para alcançar bom desempenho com os animais é seguir rigorosamente as orientações técnicas dadas pela empresa integradora. “Se fazemos exatamente como eles pedem, dá certo e o resultado aparece.” Sobre a lucratividade alcançada com o chiqueiro, o produtor é taxativo ao dizer: “Não sei como é com os outros criadores, mas nós sempre temos um bom lucro”, disse Wülfing, que conta com a ajuda da esposa e dos pais para fazer o serviço na propriedade, que tem tambo de gado leiteiro com produção diária de 500 litros de leite e produção de milho, soja e trigo.
O lote que está no período de engorda deve ficar pronto na virada do ano. Como acontece tradicionalmente no período de Natal e Ano-Novo, há um significativo incremento no consumo da carne suína e, por consequência, aumento no preço pago pelo suíno ao criador. Se isso se confirmar, os Wülfing vão trocar a mobília de casa.
O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, Valdecir Folador, lembra que tradicionalmente o preço do quilo vivo sobe de 30% a 40% no final do ano, a partir de setembro. “Em 2011, isso ainda não aconteceu, mas esperamos que haja reação nas próximas semanas”, diz o dirigente. Ele reconhece, porém, que o mercado doméstico esteve bom para a carne suína ao longo do ano, o que representa uma condição diversa da de anos anteriores.