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Diretrizes norteiam soja responsável

Aprovação do padrão RTRS apresenta as diretrizes que norteiam a produção responsável da soja a partir de um desenvolvimento sustentável.

Diretrizes norteiam soja responsável

Depois de muita discussão acerca do assunto, a partir de 2011 o mundo poderá consumir soja responsável graças à aprovação do Padrão da Round Table on Responsible Soy Association (RTRS), ocorrida na semana passada em São Paulo, durante a V Conferência Internacional da Soja Responsável. Produtores e representantes da indústria e sociedade civil se reuniram em assembléia geral para votar a versão final da Carta de Princípios e Critérios da Soja Responsável. A versão é resultado de um trabalho, iniciado em 2007 pelos Grupo de Desenvolvimento e Grupo Técnico Internacional da RTRS.

O documento apresenta as diretrizes que norteiam a produção responsável da soja, a partir de um desenvolvimento sustentável. Os requisitos básicos do documento a serem cumpridos para a certificação englobam conformidade legal e boas práticas de negócio, condições de trabalho responsável, relação responsável com as comunidades, responsabilidade ambiental e boas práticas agrícolas. Esse novo padrão será agora lançado no mercado para os produtores interessados em obter a certificação. Dessa forma, já na próxima safra aqueles que aderirem às novas diretrizes já colherão soja responsável.

Na conferência de 2009, em Campinas (SP), a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) retirou-se do grupo por não concordar com alguns itens estabelecidos no documento. Para os diretores da entidade, não está claro se os produtores vão ser melhor remunerados se adotarem os padrões impostos pela RTRS. Segundo Ricardo Arioli Silva, vice-presidente da Aprosoja, que esteve no evento, ao longo dos últimos anos, os produtores inclusive em Mato Grosso, já produzem de forma responsável, investindo em tecnologia e se preocupando com a preservação ambiental. “Contudo, quando chega a hora de vir o prêmio não ganhamos nada, apenas observaamos o custo de produção aumentar cada vez mais”.

O representante da Aprosoja também explicou que a entidade mato-grossense não está de acordo com os critérios de aprovação da mesa redonda do RTRS, principalmente em se tratando de meio ambiente. Segundo ele, durante a assembléia, foi aprovada uma carta redigida por uma ONG que não estabelece muito bem alguns critérios de desmatamento e sustentabilidade. O presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, confirmou que a entidade continua fora do grupo pelos motivos já apresentados anteriormente.