O dólar abriu em alta nesta terça-feira (20), em um dia de agenda econômica esvaziada no Brasil e com os investidores aguardando a decisão sobre política monetária, que deve acontecer amanhã, e de olho no andamento do texto do arcabouço fiscal no Congresso.
Hoje, mercados globais vivem um dia mais negativo, repercutindo o corte na taxa de juros na China, que veio abaixo do esperado.
Às 09h05, a moeda norte-americana subia 0,33%, cotada a R$ 4,7910.
No dia anterior, o dólar caiu 0,90% e fechou vendido a R$ 4,7751, no menor patamar desde 3 de junho do ano passado. Com o resultado, a moeda passou a acumular quedas de:
5,87% no mês;
9,53% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Hoje começa o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que dura até amanhã. O mercado espera que haja a manutenção da Selic, taxa básica de juros, em 13,75% ao ano.
É amplamente projetado por investidores e analistas que o Copom comece a reduzir a taxa Selic na próxima reunião do comitê, em agosto.
Ainda no cenário doméstico, outro ponto de atenção é o arcabouço fiscal. A previsão é que o texto do projeto do governo seja apresentado e votado hoje no Senado Federal.
Já no exterior, o sentimento é mais negativo neste pregão por conta da decisão de política monetária na China. O governo do país asiático reduziu em 0,10% a taxa de juros do país, que caiu de 4,30% para 4,20%.
A decisão desagradou o mercado, que esperava uma queda mais acentuada dos juros, como forma do governo estimular a economia do país, que vem passando por um período de desaceleração, segundo os últimos indicadores divulgados.
A segunda maior economia do mundo é a maior demandante por diversos produtos exportados por vários países. Assim, se a atividade econômica chinesa desacelera, o impacto pode ser sentido em nível global – e por isso uma queda maior nos juros era esperada.
Além disso, também é esperado que dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) discursem ao longo do dia, podendo trazer novos sinais sobre o rumo dos juros no país.