O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (7), mas caminha para fechar a semana em queda ante o real.
Às 9h05, a moeda norte-americana subia 0,06%, cotada a R$ 5,2812.
Na quinta-feira, o dólar fechou em queda de 1,62%, a R$ 5,2779 – menor cotação desde 16 de janeiro ( R$ 5,2073. Na parcial da semana e do mês, o dólar tem queda acumulada de 2,82%. No ano, o avanço ainda é de 1,75%.
Cenário
O recuo do dólar frente ao real ocorre diante da expectativa da continuidade de elevações na taxa básica de juros no Brasil, o que ajudaria a recompor de forma mais robusta o chamado diferencial de juros com o exterior, o que favorece o fluxo de dólares para o país.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, de 2,75% para 3,5% ao ano. Segundo analistas, uma nova alta de 0,75 ponto percentual deve ocorrer também na próxima reunião, em junho.
A Selic em alta aumenta a diferença entre os retornos oferecidos no Brasil ante os dos Estados Unidos e de outros mercados emergentes, o que eleva a atratividade do real, potencialmente valorizando a moeda.
A projeção atual do mercado para a taxa de câmbio no fim de 2021 é de R$ 5,40 por dólar, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central,
Na agenda de indicadores do dia, os EUA divulgam dados sobre o mercado de trabalho e desemprego em abril.
Por aqui, o IBGE divulga o desempenho do comércio em março e o resultado fechado do setor no 1º trimestre.
Já a Fundação Getulio Vargas mostrou que o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou a subir 2,22% em abril, ante alta de 2,17% no mês anterior, com a aceleração dos preços de algumas commodites elevando a inflação ao produtor.