O dólar opera em alta nesta segunda-feira (16), em dia marcado por dados decepcionantes na China, com os investidores monitorando internamente a cena política e as incertezas fiscais.
Às 9h27, a moeda norte-americana subia 0,69%, cotada a R$ 5,2812.Na máxima até o momento chegou a R$ 5,2972.
Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,21%, a R$ 5,2452, acumulando avanço de 0,19% na semana. No mês, tem alta de 0,68%. No ano, o avanço é de 1,12% ante o real.
Cenário
No exterior, dados os investidores monitoravam a tensão geopolítica no Afeganistão e reagiam a dados decepcionantes da economia chinesa.
O crescimento da produção industrial e das vendas no varejo da China desacelerou com força em julho e ficou abaixo das expectativas em julho, ampliando os sinais de que a recuperação econômica está perdendo força.
Por aqui, os analistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de inflação em 2021 pela décima nona semana seguida, para 7,05%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Já a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no ano foi reduzida para 5,28%. Para 2022, o mercado baixou a previsão de alta do PIB de 2,05% para 2,04%.
O mercado também elevou de 7,25% para 7,50% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021 e de 2022. Para a taxa de câmbio, a projeção para o fim de 2021 permaneceu em R$ 5,10 por dólar.
Analistas têm destacado que a perspectiva de novos aumentos na taxa básica de juros em meio à escalada das tensões políticas internas e das incertezas fiscais inibem uma valorização do real frente ao dólar.