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Economia no campo - Suinocultura

Economia no Campo: alta demanda e oferta limitada marcaram a última semana da bolsa de suínos das principais praças

Economia no Campo: alta demanda e oferta limitada marcaram a última semana da bolsa de suínos das principais praças

Na última semana, o mercado da suinocultura no Brasil apresentou variações nos preços do suíno vivo, refletindo um cenário de alta demanda e oferta limitada de animais prontos para abate. Os dados de diversas associações regionais confirmam essa tendência, mostrando aumentos em diferentes estados, o que reforça a pressão sobre os custos de produção e a manutenção de margens para os produtores.

Rio Grande do Sul

De acordo com a Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), o preço do suíno vivo no estado registrou uma alta de 6 centavos por quilo, situando-se em uma média de R$ 5,65/kg. Essa elevação ocorre em um contexto onde o peso médio dos suínos comercializados foi de 122 kg, com um total de 31.720 animais negociados. Os custos de insumos também se mantêm elevados, com o milho a R$ 63,00 por saca de 60 kg e o farelo de soja a R$ 1.985,00 por tonelada.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, a Bolsa de Suínos registrou um aumento de R$ 0,24 na última semana, passando de R$ 8,25/kg em 16 de agosto para R$ 8,49/kg em 23 de agosto. Este incremento reflete a pressão da demanda sobre a oferta de suínos no estado, um dos principais produtores do país.

São Paulo

O estado de São Paulo, outro polo importante na suinocultura brasileira, também apresentou um crescimento no preço do quilo do suíno vivo, subindo de R$ 8,96 para R$ 9,07. Segundo a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), essa elevação acompanha a tendência nacional, sendo influenciada tanto pela demanda aquecida quanto pela redução na oferta de animais prontos para o abate.

Minas Gerais

Minas Gerais manteve o preço do suíno vivo em R$ 9,00/kg na última semana, conforme registrado pela ASEMG. A média do mês até agora situa-se em R$ 8,63, com os preços se estabilizando na faixa dos R$ 9,00 nas últimas duas semanas, indicando uma firmeza no mercado local.

Paraná

No Paraná, os preços subiram de R$ 7,61 em 16 de agosto para R$ 8,16 em 23 de agosto, confirmando a tendência de valorização observada em outras regiões. Esse aumento é significativo e sinaliza uma recuperação nos preços após um período de estabilidade relativa.

Comparativo de preços regionais

Um comparativo dos preços das principais regiões produtoras no país entre 16 e 23 de agosto revela uma alta generalizada:

  • Santa Catarina: de R$ 8,25 para R$ 8,49 (+2,91%)
  • São Paulo: de R$ 8,96 para R$ 9,06 (+1,12%)
  • Minas Gerais: estabilidade em R$ 9,00
  • Paraná: de R$ 7,61 para R$ 8,16 (+7,22%)
  • Rio Grande do Sul: de R$ 7,80 para R$ 8,29 (+6,28%)

A média nacional para o período revela um aumento significativo, refletindo a pressão da demanda e a menor oferta de animais no mercado independente. Este cenário, aliado aos altos custos de insumos, sugere que os preços devem continuar elevados no curto prazo, desafiando os produtores a manterem suas operações rentáveis.

Dados: Associações | Imagem: Agrimídia