O mercado da suinocultura brasileira apresentou movimentos que refletem tanto as pressões de custo quanto as dinâmicas regionais de produção na última semana. As variações de preço entre as principais regiões produtoras do país revelam um cenário de leve alta em algumas áreas e estabilidade em outras, evidenciando o esforço dos produtores para manter a competitividade frente aos desafios impostos pelos custos elevados dos insumos. Enquanto estados como o Rio Grande do Sul registraram aumento nos preços do suíno vivo, outras regiões mantiveram os valores praticamente inalterados, sinalizando uma fase de ajuste para o setor.
Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, o preço pago pelo quilo do suíno vivo teve uma alta de 6 centavos, chegando a R$ 5,84. A pesquisa, realizada com 31.195 animais, que pesavam em média 121 quilos, reforça uma tendência de recuperação moderada nos preços. Mesmo com esse aumento, os custos de produção continuam elevados. A saca de milho de 60 kg foi cotada a R$ 64,50, o farelo de soja a R$ 2.066,67 por tonelada, e a casquinha de soja permanece estável a R$ 1.500,00 no pagamento à vista, FOB.
Minas Gerais
Em Minas Gerais, o mercado se manteve estável durante o mês de setembro. A cotação do suíno permaneceu fechada em R$ 9,00 pela terceira semana consecutiva, segundo a ASEMG. A estabilidade reflete um equilíbrio entre oferta e demanda, enquanto os produtores enfrentam o desafio de manter a margem de lucro frente ao aumento do custo dos insumos.
São Paulo
Na Bolsa de Suínos de São Paulo, a decisão foi pela manutenção do preço da arroba do suíno vivo em R$ 170,00, envolvendo 19.400 animais. O preço do quilo do suíno se mantém em R$ 9,06, sem grandes variações. São Paulo continua sendo uma das principais praças produtoras do país, com estabilidade nas cotações.
Santa Catarina e Paraná
Santa Catarina registrou um preço de R$ 8,57 para o quilo do suíno vivo, enquanto no Paraná o valor é de R$ 8,40, ambos sem grandes variações na semana. No Rio Grande do Sul, o preço foi ligeiramente inferior, sendo cotado a R$ 8,38, refletindo um padrão regional de preços abaixo da média de outras regiões do país.
Comparativo de preços regionais – 19 de setembro de 2024
A análise dos preços entre as principais praças produtoras de suínos do Brasil revela pequenas variações regionais
Esses valores refletem uma relativa estabilidade no mercado suinícola brasileiro, com pequenas variações regionais que são influenciadas por fatores como a oferta de grãos e a demanda interna e externa por carne suína. Apesar dos desafios enfrentados pelos produtores, o cenário geral indica que os preços devem se manter estáveis no curto prazo, com possíveis ajustes de acordo com o comportamento da safra agrícola e as demandas do mercado.