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"Efeito China" contagia commodities agrícolas

<p>Transacionada na bolsa de Chicago, o milho sentiu a influência e, também pressionado por um movimento de vendas técnicas, registrou queda significativa.</p>

Redação (28/02/07) – As notícias de que a China poderá adotar medidas restritivas à atuação de especuladores em seu mercado, e de uma possível desaceleração forçada no ritmo de crescimento do país asiático, contaminou ontem o comportamento das cotações das commodities agrícolas negociadas nas principais bolsas americanas. 

Os contratos do grão com vencimento em março caíram 14,40 centavos de dólar por bushel e fecharam a US$ 4,11, ao passo que os futuros para entrega em maio encerraram a sessão negociados a US$ 4,2425, em baixa de 14,25 centavos de dólar. Em meio às turbulências, o "mercado" adotou uma postura defensiva, mas não conteve o baque, ampliado por liquidações de fundos de investimento e especuladores. 

Comportamento semelhante registrou a soja, também cotada em Chicago. Nesse mercado, os papéis com vencimento em março fecharam a US$ 7,6350 por bushel, com um recuo de 15,25 centavos de dólar, enquanto maio caiu 15,75 centavos de dólar, para US$ 7,7875. "A China está mexendo no ritmo da economia. Os Estados Unidos também falam em recessão no segundo semestre. Hoje só houve notícias ruins no mercado financeiro", afirmou Segundo Renato Sayeg, analista da Tetras Corretora 

Analistas americanos também associaram a desvalorização observada a um movimento de correção técnica, após as altas dos pregões anteriores, e à proximidade do vencimento dos contratos de março. O primeiro dia de notificação para março é hoje. Vale observar, contudo, que apesar da baixa de ontem as cotações de milho e soja seguem acima de seus patamares históricos, sobretudo em virtude da influência da aquecida demanda americana por milho para a produção de etanol. 

No caso do trigo, finalmente, o contágio chinês foi considerado marginal e os movimentos técnicos – realizações de lucros e rolagens de posição – foram apontados como responsáveis pelo comportamento misto dos preços. Em Chicago, março caiu 1,25 centavo de dólar por bushel, para US$ 4,83. Na bolsa de Kansas, o mesmo vencimento registrou alta de 1,25 centavo e encerrou o pregão negociado a US$ 5,0775. (CB, com agências internacionais)