Redação (22/01/07) – Um possível tratado de livre comércio entre Estados Unidos e Coréia do Sul está dependendo de algo que não se inclui abertamente na principal agenda de discussões visando o acordo: a completa retomada das importações de carne norte-americana pelo país que é a 10 maior economia do mundo.
“Há discussões em separado no âmbito do tratado”, disse Wendy Cutler, funcionária do Escritório de Representação Comercial dos Estados Unidos (USTR), referindo-se às tentativas malogradas até agora de levar a carne os EUA à mesa dos consumidores sul-coreanos.
“Os Estados Unidos deixaram claro desde o primeiro dia das negociações que o tratado de livre comércio não será firmado se não houver a completa reabertura do mercado sul-coreano de carne”, disse Cutler em entrevista à imprensa.
Cutler, além de negociadora-chefe do tratado de livre comércio com Seul, é também responsável por questões bilaterais entre os EUA e seu 7 maior parceiro comercial. Cutler e sua equipe foram a Seul na semana passada para discutir o tratado, encerrando na sexta-feira a 6 rodada de negociações desde junho.
No ano passado, a Coréia do Sul permitiu a retomada limitada das importações da carne norte-americana após quase três anos de embargo em seguida à descoberta de um caso de vaca louca nos Estados Unidos. Mas todos os três carregamentos de carne dos EUA que chegaram à Coréia do Sul foram descartados depois de inspeções em que foram encontrados pedaços pequenos de ossos.
Antes do embargo, a Coréia do Sul era o terceiro maior mercado para a carne dos EUA. As informações são da Dow Jones.