Boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) evidencia a preocupação dos pecuaristas de Mato Grosso com as recentes restrições à carne brasileira.
O boletim destaca duas questões em especial: a suspensão pela Rússia das importações da carne de algumas plantas frigoríficas brasileiras, por não atenderem as exigências estabelecidas entre as partes e a medida tomada pelo Mapa, que interrompeu o envio de carne industrializada aos Estados Unidos devido ao incidente ocorrido em um lote enviado pela JBS.
A primeira notícia tem impacto direto nas exportações do estado, uma vez que duas plantas que tiveram seus embarques interrompidos são de Mato Grosso, sendo uma em Pedra Preta e outra em Paranatinga, diz o boletim.
O Imea enfatiza que a cada dia que passa as preocupações com relação à demanda internacional aumentam, pois além desses dois fatos pontais a conjuntura mundial ainda se mostra instável.
As exportações para a Rússia de outubro de 2008 a abril deste ano tiveram uma representatividade média no embarque total de Mato Grosso de 28%, chegando a ter um share de 54% em fevereiro de 2009.
Apesar de se observar quedas pontuais de lá pra cá, como ocorrido nos meses finais de 2008 e 2009, no acumulado do período já foram embarcados, para este país, 85,63 mil toneladas de equivalente carcaça. Em junho de 2009, foram enviadas 7,48 mil toneladas em equivalente carcaça, sendo o maior volume exportado em um mês no período. Nos dois últimos meses o país importou mais de 5 mil toneladas de equivalente carcaça, representando 30% do total exportado.
O Imea diz que por conta da suspensão, as expectativas para os meses de maio e junho deste ano não são das melhores. “Espera-se que esta situação se reverta o mais rápido possível”, diz o boletim.
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