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Exportação

Embarques de carne suína à Coreia pode iniciar no segundo semestre

País asiático é o quarto maior mercado comprador de carne suína do mundo, com volume anual de 600 mil toneladas.

Embarques de carne suína à Coreia pode iniciar no segundo semestre

Mais um grande mercado internacional passará a comprar carne suína catarinense. O governo da Coreia do Sul anunciou ontem que o país autorizou a importação do produto do Estado, o único do país livre de aftosa sem vacinação reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O comunicado foi feito pelo embaixador sul-coreano, Lee Jeong Gwan, à ministra da Agricultura Kátia Abreu. A expectativa é de que os primeiros embarques sejam feitos no segundo semestre deste ano, após inspeção de plantas industriais por técnicos do país asiático, observou o secretário de Agricultura de SC, Moacir Sopelsa.

 A Coreia é o quarto maior mercado comprador de carne suína do mundo, com volume anual de 600 mil toneladas. As agroindústrias deverão ampliar gradativamente os negócios, podendo chegar a 33 mil toneladas por ano, com faturamento da ordem de US$ 108 milhões. O governador catarinense Raimundo Colombo se empenhou para acelerar as negociações. É possível que ele faça uma visita institucional à Coreia para marcar o início das vendas da carne suína ao país.

 De acordo com o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes de SC (Sindicarnes), Ricardo Gouvêa, as principais agroindústrias do Estado – BRF, Aurora, JBS e Pamplona – que já exportam para o Japão, Chile e EUA, estão aptas para vender à Coreia. Segundo ele, após a aprovação das plantas, as empresas terão que identificar os cortes preferidos pelos consumidores coreanos. O gosto é parecido com o dos japoneses: uma carne mais vermelha, com mais gordura do que a desejada no mercado ocidental.

 Atualmente, os principais fornecedores de carne suína à Coreia são a União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Chile.

 “É um presente de início de ano”

 Santa Catarina se empenhou para abrir o mercado coreano para a carne suína porque é um dos que pagam mais pelo produto, a exemplo do Japão.

– É um presente de início de ano o anúncio dessa abertura – comemorou o secretário Moacir Sopelsa.

 Segundo ele, o Estado investe há mais de 15 anos para ter sanidade diferenciada, dentro das exigências dos maiores mercados de carnes do primeiro mundo. Após conquistar o título de área livre de aftosa sem vacinação, o governo de SC, junto com a iniciativa privada, teve que ampliar investimentos em equipe técnica e vigilância de fronteiras para garantir segurança em sanidade. Ricardo Gouvêa observa que esta abertura chega em boa hora porque o mercado interno registra queda de vendas em função da crise.

 Esse esforço para exportar aos países ricos teve seu ponto alto em junho de 2013, quando o Estado conseguiu abrir o mercado japonês, o que mais importa e melhor paga. Antes disso, abriu os mercados dos EUA e do Chile para o produto. SC lidera a exportação de carne suína no Brasil. O próximo passo pode ser abrir o fechado mercado europeu.